Aprenda sobre os sintomas, tratamentos e principalmente como prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
A dengue é transmitida pela picada de um mosquito infectado. É uma doença que afeta pessoas de todas as idades, com sintomas que incluem febre baixa ou alta, acompanhada de forte dor de cabeça, dor retro ocular (atrás dos olhos), mialgias e artralgias e exantema.
A doença pode progredir para formas graves, caracterizadas principalmente por choque, dificuldade respiratória e/ou comprometimento orgânico grave. A dengue tem comportamento sazonal, ou seja, no Hemisfério Sul a maioria dos casos ocorre durante o primeiro semestre do ano, porém, no Hemisfério Norte os casos ocorrem principalmente no segundo semestre. Esse padrão de comportamento corresponde aos meses mais quentes e chuvosos.
Nas Américas, o principal vetor responsável pela transmissão da dengue é o mosquito Aedes aegypti.
As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos.
No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4.
Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste.
Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do sorotipo predominante, acompanhando a expansão do mosquito vetor.
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes.
No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa "odioso do Egito"). Os vírus dengue (DENV) estão classificados cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Orthoflavivirus.
Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.
A prevenção da dengue envolve ações para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti e proteger-se contra picadas.
Retire objetos que acumulem água, como pneus, vasos de plantas, garrafas, brinquedos e outros objetos que possam acumular água parada.
Tampar caixas d'água, tonéis e outros recipientes que armazenam água.
Mantenha as calhas e ralos desobstruídos para evitar o acúmulo de água.
Substitua a água dos vasos por areia ou utilizar pratos com água, mas que não acumulem água em excesso.
Cobrir piscinas com lonas ou utilizar produtos químicos para evitar a proliferação do mosquito.
Aplique repelentes à base de DEET, IR3535 ou Icaridina nas áreas expostas do corpo, seguindo as instruções do fabricante.
Utilize roupas que cubram braços e pernas, principalmente durante o dia, quando o mosquito está mais ativo.
Coloque telas em janelas e portas para evitar a entrada de mosquitos em casa.
Utilize mosquiteiros em camas, especialmente para crianças e pessoas acamadas.
A vacina Qdenga é uma opção para prevenção da dengue, com esquema de duas doses com intervalo de 90 dias. Ela é contraindicada para gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência.
Participe de ações de combate à dengue realizadas pelas autoridades de saúde, como mutirões de limpeza e aplicação de larvicidas.
Informar as autoridades sobre locais com água parada e focos do mosquito.
Em caso de suspeita de dengue, procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
O tratamento para dengue consiste principalmente em cuidados de suporte para aliviar os sintomas, já que não existe um tratamento antiviral específico para o vírus.